COMUNICADO

25/08/2017

NOTA DE POSICIONAMENTO À IMPRENSA

A barragem da Usina Foz do Chapecó não apresenta riscos à segurança das comunidades, dos colaboradores que trabalham no local e à sua operação, critérios fundamentais do empreendimento. A Foz do Chapecó Energia (FCE), concessionária da hidrelétrica, realiza periodicamente trabalhos de inspeção, análise e monitoramento, desenvolvidos por especialistas, de modo a oferecer as condições adequadas de segurança da barragem, segundo a legislação vigente.

Após a forte cheia de 2014, a maior nos últimos 25 anos e a primeira relevante desde o início da operação da Usina, a FCE realizou alguns reparos e contratou consultor técnico independente, que não apontou riscos imediatos à segurança da barragem.

Na ocasião, a cheia provocou a queda parcial de um muro remanescente da época da construção da Usina, utilizado exclusivamente para ensecar o trecho do rio onde as obras foram realizadas. Hoje, este muro não tem mais qualquer função – e nunca teve função estrutural – e não traz riscos à segurança da população e da hidrelétrica. Vale ressaltar que o relatório do consultor, em 2014, não apontou a necessidade de remoção da parte remanescente do muro.

Posteriormente, a FCE, no intuito de oferecer segurança e qualidade técnica máximas, contratou uma junta de consultores independentes e de alta qualificação nas especialidades hidráulica, estrutural e de mecânica dos solos, para avaliar as possíveis melhorias na Usina. A junta, baseada em visitas e inspeções técnicas e documentação do projeto da Usina, também concluiu não ter havido comprometimento à segurança da barragem e recomendou melhorias.

Com base nas recomendações da junta, o Consórcio Construtor Volta Grande (CVG), responsável técnico pela construção da Usina e que detém o seu acervo técnico, concluiu a maior parte das obras previstas. Desta forma, a FCE tomou – e continua tomando – as providências necessárias para preservar a segurança do empreendimento, independentemente da questão de custo, que está em discussão separada e em fórum jurídico adequado.

Em maio de 2017, uma nova cheia gerou fissuras no muro remanescente citado acima. A junta de consultores da FCE e o CVG realizaram análises adicionais sobre o muro e concluíram sobre a sua remoção, visando evitar a necessidade de manutenções futuras, e não por questões estruturais. A retirada do muro será iniciada em setembro, fato este já comunicado às autoridades locais. Vale ressaltar mais uma vez que este muro não tem qualquer função estrutural e sua remoção não traz risco à segurança da Usina e da barragem.

No início de julho de 2017, o CVG apresentou estudos sobre o vertedouro (onde a água do rio passa pelas comportas), concluindo em relatório por sua estabilidade. Ao final de julho, após verificação de tais estudos, um dos consultores da FCE entregou novo relatório – nas palavras do técnico, em caráter preliminar e inconclusivo –, apontando a necessidade de discussões e estudos mais detalhados sobre o bloco 5 (localizado no vertedouro), já solicitado ao CVG.

Sensível à importância da Usina para as comunidades do seu entorno, a FCE se adiantou e já esclareceu às prefeituras, promotorias públicas, órgãos reguladores e demais autoridades sobre as obras de melhoria executadas nos últimos meses. A FCE tem se mantido em contato permanente com os públicos envolvidos para prestar esclarecimentos adicionais.

Desta forma, conforme as ações mencionadas anteriormente, demonstra-se que a segurança das comunidades próximas à Usina, bem como de seus colaboradores, é uma prioridade da FCE. Foram e continuam sendo tomadas as providências necessárias à segurança operativa do empreendimento, as quais são comunicadas aos órgãos de controle. A barragem está de acordo com rígidos padrões de segurança de operação e legislação vigentes, tendo sido projetada para suportar a pior cheia decamilenar (10 mil anos) do Rio Uruguai.

A FCE dispõe das devidas licenças ambientais e de operação do empreendimento, além de adotar práticas de operação e gestão que superam as exigências da legislação. Um exemplo disso é a realização de inspeções semestrais, enquanto a lei estabelece a necessidade de uma inspeção por ano.

Assim, reforçamos o fato de que a barragem não apresenta riscos à segurança das comunidades e continua em plena operação. A FCE permanece à disposição para quaisquer novos esclarecimentos.